Dia do professor
|Em minha trajetória de vida passei por muitos dias dos professores (o meu dia). Desde pequena, senti a vocação para o ensino e brincava de escolinha com as minhas primas. Mas, a coisa ficou séria e fui encarregada da recuperação de um vizinho. Sua professora até criticou os pais por escolherem uma menina para o ajudar. Mas, graças a Deus, o Victor passou de ano. Depois, os vizinhos na casa em frente à minha também quiseram que eu desse aulas para ele. Seus pais me chamavam de professorinha e eu ficava toda feliz. Até hoje fico feliz quando me chamam de professora. Nasci para ensinar, para passar conhecimentos e, mesmo não dando mais aulas, a não ser eventualmente na Escola Dominical, meu modo de escrever é didático e penso estar também ensinando com meus livros.
Vejam só as lições que preparava para minhas primas, quando adolescente:
Lembro bem que meu 1º dia do professor ocorreria em 1979. Pela primeira vez era uma professora com carteira assinada. Eu lecionava História em uma escola particular no Parque Edu Chaves, meu bairro de infância. Naquela época, morei com meus pais por necessidades financeiras e precisei trabalhar. Logo no início do ano letivo, uma colega falou: – No dia dos professores você precisará vir de carro porque os alunos nos dão tantos presentes que não conseguimos carregar. Justo eu, ligadinha em presentes… Bem, antes do dia do professor, mudamos de residência e precisei me desligar da escola!!!
Guardo, contudo, lembranças maiores do que presentes, lembranças de turmas atentas, de alunos educados, de participações especiais. Ser professora da Faculdade Teológica Batista de Campinas (1991-2010) foi o ápice de minha carreira. Lecionei por quase 20 anos, diversas disciplinas, para muitas turmas. E, como recordação desses alunos guardo um bilhete de um deles, o Pr. Josimar a quem orientei para seu trabalho de conclusão de curso.
Por duas vezes fui convidada como patronesse da turma da FTBC: uma em 1998 e a outra em 2001. Minha alegria foi grande, pois esse reconhecimento nos motiva a prosseguir. Guardei os programas de culto dessas colações de grau e um convite (2001).
1ª Turma de 2001
Dessa turma (2001) tenho uma foto em que aparece alguns desses formandos quando, como aluna, fui colega de turma deles. Apesar do discurso pertencer ao paraninfo, falei algumas palavras na colação de grau e criei uma paráfrase de uma poesia de Tomás a Kempis, como uma oração a Deus por eles.
Como professora da Escola Dominical fui sempre homenageada no dia do professor. Na Igreja Batista do Cambuí, nossa diretora Laura Zechmeister Daciu, presenteia a todos professores com uma lembrança especial e, a cada final de semestre, nos dá chocolates.
Um desses dias dos professores, porém, foi mais especial. A Igreja Batista do Cambuí comemorava seus 80 anos e decidiu dedicar a primeira página do boletim às famílias da igreja e fazer alguns destaques. Em 17/10/2010, o destaque foi para o Dia do Professor e lá estávamos nós na capa do boletim. Outra alegria foi que na contra capa foi publicada minha poesia “O Mestre dos mestres”.
Neste ano de 2010 fui professora da turma “Academia da Alma”, um dos melhores temas que já lecionei. Foi gratificante e os alunos me surpreenderam, no dia do meu aniversário com flores e um cartão carinhoso: