Meu bandolim

  • Com 14 anos de idade, comecei a aprender tocar bandolim com um pastor russo Roman Zubcov. Ele ensaiava nosso pequeno coral utilizando um bandolim antigo, daqueles bojudos. E eu, que sempre gostei de instrumentos musicais me interessei por aprender. A poesia “O bandolim”, a seguir, é de Augusto dos Anjos.digitalizar0025bandolim-velho-1389873

Minha primeira paixão foi o acordeão que a Dalva, filha do diácono Júlio, tocava com maestria, em nossa pequenina igreja que foi organizada em minha própria casa, no Parque Edu Chaves – SP, nos anos 60. Hoje, Primeira Igreja Batista do Parque Edu Chaves, antiga Siloé. Pois bem, não consegui aprender acordeão, à época, porque só eu me interessei e a Dalva não queria dar aula particular, mas sim para um grupo.

Pr. Roman Zubcov

Pr. Roman Zubcov, meu professor de bandolim é o 2º da direita para esquerda, está ladeado por meu tio Pr. José Marques de Melo e pelo diácono e fundador de nossa igreja: Júlio Almeida

Porém, quando apareceu o Pr. Roman, com seu bandolim, pedi para que me ensinasse e ele, com muita boa vontade, assim o fez. Não esqueço das primeiras aulas, da dificuldade, dele olhar meus dedos (ver se tinham calos) para confirmar se eu tinha treinado. Não esqueço também do primeiro hino que aprendi. Quando ele falou para eu procurar no Cantor Cristão o hino de todo o dia, não sabia o que queria dizer, ele falava com um pouco de sotaque. Abri meu cantor em vários hinos, e ele retrucava: esse não, o de todo dia!!! Até que entendi era o hino “Ditoso dia”, até hoje lembro seu número: 407. E até hoje lembro como o cantava, até aprender a tocar de cor:

Ré, Sol, La, Si

Ré Sol, La, Si,

Si, Do, Si, La

Sol, Si, La, Sol…

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Na foto abaixo estou ao centro, aos 17 anos, com meu primeiro bandolim verde, lindo, que me foi dado por minha querida mãe Maria José (ela o comprou com sacrifício). Ao meu lado esquerdo está a Edna Camargo, filha do moderador de nossa igreja Batista Monte Carmelo: Plínio Camargo, e ao meu lado direito a minha irmã Raquel.

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Meu primeiro conjunto instrumental. Geraldo e Raquel com violões, a irmã Tarsilia, ao acordeão, e nosso quarteto de bandolins: a família Trindade, o pai Benedito, a mãe Maria Trindade, a filha Leni e eu. Que tempo bom, lembro que deixava de sair com meus amigos do trabalho aos sábados para ensaiar no conjunto, era muito melhor!!!

 

Minha fidelidade a um único instrumento durou pouco, assim que possível estudei acordeão e comecei não só a tocar como a ensinar.

 

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    Meu primeiro aluno de bandolim foi um menino de apenas 12 anos chamado Ronaldo (1973), que aprendeu muito bem. Para suas irmãzinhas: Cláudia e Simone ensinava acordeão. Minha vocação para o ensino era forte e, mesmo, sem dominar o instrumento, o ensinei para muitas pessoas, entre elas a querida prima Ester Marques de Melo. Na foto abaixo estou tocando meu acordeão, também verde. Esse eu comprei com meu primeiro emprego, professora de datilografia. Lembro que, à época, ganhava algo como 40 cruzeiros… e pagava 33 da prestação do acordeão. Quando meu irmão Ruben, que trabalhava na Casa Publicadora Batista, onde comprei o instrumento, chegou em casa com ele, o abracei com força e chorei. Sem dúvida, valorizamos muito mais o que adquirimos com nosso próprio esforço.

    Ao chegar em Campinas, 1981, continuei a dar aulas de bandolim e cheguei a criar um método próprio. Comecei também o estudo de teoria musical com a Profa. Neusa Maria Caldeira Vieira, musicista talentosíssima, e continue a estudar o órgão. Logo depois, dava aulas de bandolim, acordeão e órgão para iniciantes. Uma de minhas aluninhas de órgão, posteriormente estudou música na UNICAMP e se tornou regente e o meu 1º aluno de bandolim em Campinas, o Marco Antonio, foi estudar piano, tornou-se um excelente musicista e é regente na Igreja Batista Central de Campinas. É muito bom ver os frutos do nosso trabalho!

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    Quando cheguei a Campinas, em 1981, ensinei bandolim até conseguir formar um quarteto de bandolins com a Ortência Freitas, Marina Castro e Marco Antonio Rosa.

    Em uma troca de aulas, ensinava teclado para Stefanie, minha vizinha e sua mãe Natália ensinava alemão para minha filha Meirélen.

    Em uma troca de aulas, ensinava teclado para Stefanie, minha vizinha e sua mãe Natália ensinava alemão para minha filha Meirélen (1986). Esse teclado foi meu primeiro, bem simples, depois comprei um com pedaleira e dois teclados. Nesta foto já aparece a harpa paraguaia que estudava em São Paulo, uma vez por semana, devido à distância. Com esse instrumento não fui muito longe porque não encontrei professor em Campinas o que dificultou meu aprendizado.

    Uma de minhas alunas de bandolim tocou em nossa igreja no Natal de 1989.

    Uma de minhas alunas de bandolim tocou em nossa igreja no Natal de 1989. Dá para perceber minha gravidez? Meu filho Marlon nasceu no mês seguinte: 29/01/1990.

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    A década de 80 foi bem especial em nossa Igreja Batista do Cambuí, Campinas, quando conjuntos instrumentais foram formados e tocávamos sempre nos cultos. Na primeira foto, o Marco Antonio Rosa estava comigo tocando bandolim, na segunda, já estava tocando bandolim sozinha, ao lado de 4 violões.

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    Em setembro de 1986, toquei três instrumentos na Igreja Batista do Cambuí: bandolim, com o conjunto instrumental, com o quarteto de bandolins, com o Helmuth (flauta) e Marco Antonio (piano); acordeão com o Diógenes Chagas (flauta) e harpa com meu esposo Ubiratan (violão).

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    A última vez que toquei bandolim: 22/08/2005. Faz tempo, não é mesmo?

    A última vez que toquei bandolim: 22/08/2005. Faz tempo, não é mesmo?

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