Poesia para minha avó

Eu tinha 16 anos quando a minha avó faleceu, com a tristeza da separação escrevi uma poesia que meu tio o Pr. José Marques de Melo leu em um culto. Ela se chamava Maria da Conceição Cavalcanti, seu apelido era Dóca e, para mim era minha querida mãe Dóca. A pequena poesia, apesar de escrita há tanto tempo, estava gravada em minha memória, não em meus arquivos.

 

Mãe Dóca

Ao pensar em ti Mãe Dóca,

a minha alma triste chora.

Essas lágrimas que ora brotam,

não nascem só agora.

 

Constantemente elas rolam

dos meus olhos tão tristes.

Com esta pergunta afloram

-Vovó por que partistes?

 

Preenchestes de saudade

os corações dos queridos teus,

que só possuem a felicidade

de saber que estás com Deus!

 

As lembranças que tenho da minha avó são de sua comida gostosa, seu vestido comprido com mangas compridas também e de sua constante resposta à nossa pergunta: – A senhora está boa? – Estou boa para morrer! Acredito que esse anseio pelo céu, essa falta de apego à vida que alguns de nossa família têm vem dela. Meu pai também desejava muito o céu, assim como meu tio Luiz e minha tia Noemi, que já estão na Glória. E as tias que estão conosco: tia Júlia e tia Loura também estão bem preparadas para se encontrarem com o Senhor! Será grande glória para nós!!!

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